Imagem representando o humor na cultura organizacional

A palestra “Inteligência Emocional - Ative o Bom Humor” conduzida pela especialista em neurociência, Maryana com Y, movimentou o auditório de uma das arenas de conhecimento do CONARH 2024 trazendo um assunto de grande relevância para o profissional de RH: soft skills. Mais especificamente, a escolha por uma postura de bom humor no trabalho.

Conforme Maryana, à medida que crescemos e nos inserimos no mundo profissional, somos levados a crer que seriedade é sinônimo de competência e produtividade, afinal, "a vida não é um morango". No entanto, ter uma atitude séria o tempo todo não é garantia de eficiência. O bom humor pode, sim, andar junto aos resultados, e a empresa que promove essa cultura cria um ambiente mais saudável e produtivo. Quer saber como? Siga a leitura por aqui.

Trabalhe de forma séria, mas sem mau humor 

“Dá para falar sério sem estar sempre com a cara fechada”.

Ser bem-humorado no trabalho não significa faltar com profissionalismo ou comprometimento.

“O bom humor não anula competências.”

Pelo contrário, pode ser uma poderosa ferramenta para manter a equipe motivada e engajada. Isso não quer dizer que tentar forçar a alegria dos colaboradores seja o caminho. Tristeza e raiva também fazem parte em alguns momentos, assim como reclamar! Só não é recomendável permanecer ali. O ideal é estar atento aos sentimentos e, ao perceber algo negativo, buscar entender a origem em vez de forçar a alegria.

E quando perceber sinais de raiva ou estresse, sugira à pessoa dar uma volta, tomar água e tirar um momento para si. Esse breve intervalo pode ser a diferença entre uma comunicação produtiva ou um feedback precipitado. A raiva, por exemplo, tem um ciclo de 90 segundos, e respeitar esse tempo pode ajudar a tomar decisões mais ponderadas.

Não naturalize o estresse constante 

É vital não naturalizar o sentimento de estresse constante. Assim, evitar a sobrecarga e estimular os cuidados com a saúde emocional poderão contribuir para a felicidade no trabalho e, como consequência, o desempenho.

Outro aspecto para estimular uma cultura de bom humor é criar um ambiente seguro, onde os colaboradores se sintam confortáveis para expressar suas emoções, sejam elas boas ou ruins. Neste sentido, o profissional de RH deverá funcionar como um condutor do bem-estar organizacional, incentivando uma comunicação aberta e honesta, para que todos saibam que podem falar sobre suas dificuldades sem medo de retaliação.

Foto da Maryana na palestra do CONARH

Respeite as diferentes personalidades 

Nem todos se expressam da mesma forma. Algumas pessoas são naturalmente introvertidas, e forçar um comportamento que não é autêntico pode ser nocivo. Em vez disso, líderes devem encontrar maneiras de se conectar com cada indivíduo de acordo com suas características pessoais, mantendo o foco na solução dos problemas e no desenvolvimento de seus talentos.

“Foque no que FARTA e não no que FALTA.” Expandimos aquilo em que focamos. Estimule os colaboradores a usarem seus talentos em vez de apenas olhar para os gaps. Quando incentivados a utilizar seus pontos fortes, a tendência é expandir essas habilidades e obter ótimos resultados.

Outras formas de ativar o bom humor 

Pequenas mudanças de atitude e comportamento podem transformar o bem-estar individual, repercutindo no clima organizacional e bem-estar coletivo. Veja abaixo algumas dicas práticas:

  • Preste atenção em como inicia o dia. Evite pegar o celular logo que acorda para não sobrecarregar a sua mente logo pela manhã. Use este momento para organizar as suas próprias ideias antes de acompanhar as ideias de outras pessoas;
  • Viva o momento presente. A cada atividade que for realizar, foque no que está fazendo naquele exato momento. Escapar da realidade o tempo inteiro nos faz fugir de nós mesmos. Então, como ser feliz se não há espaço para a felicidade entrar?
  • Entenda que bom humor não é sobre ser engraçado ou contar piadas, é sobre leveza;
  • Se compare apenas consigo mesmo. Tenha em mente que a sua jornada e progresso são únicos;
  • Compartilhe risadas genuínas e incentive interações autênticas. Assim, você criará conexões mais fortes e verdadeiras, além da sensação de pertencimento;
  • Ouça ativamente, sem distrações ou julgamentos, e com interesse genuíno, o que os outros têm a dizer;
  • Seja flexível em suas opiniões e esteja aberto a novas ideias e perspectivas;
  • Reconheça e celebre as pequenas vitórias e momentos que fazem a jornada valer a pena;
  • Seja legal consigo mesmo. Assim você conseguirá ser legal com os outros também;
  • Comunique sua equipe quando não estiver bem. Ser transparente ajuda a criar um ambiente mais compreensivo e solidário;
  • Cuide-se antes que a conta chegue. Cuidar de si mesmo é uma forma de cultivar energia e disposição para enfrentar os desafios diários de maneira mais leve e eficaz, a curto e longo prazo.

Conclusão

Promover uma cultura de bom humor nas empresas é muito mais que contar piadas ou manter um ambiente descontraído. Trata-se de incentivar o equilíbrio emocional, criar um espaço seguro para a expressão autêntica e respeitar as diferenças individuais. O bom humor pode ser uma poderosa ferramenta para aumentar o engajamento, a produtividade e a satisfação dos colaboradores. Ao estimular uma comunicação aberta e oferecer suporte emocional, as empresas podem criar um ambiente mais leve, eficiente e acolhedor, onde todos têm a oportunidade de crescer e prosperar.

Para identificar as necessidades específicas de cada colaborador e poder tomar decisões embasadas para evoluir o desempenho individual, a Metadados desenvolveu o Vibe. Entenda como levar bom humor para a sua organização aqui.

Banner do produto Vibe, da Metadados.