Investimento em RH não é custo: saiba a diferença
Veja como demonstrar que a otimização de processos da área traz ganhos para toda a empresa
A área de Recursos Humanos contribui para a conquista de resultados importantes para qualquer organização, auxiliando a empresa a alcançar metas e melhorar os resultados do negócio. Mas, infelizmente, em alguns casos o RH é tido como um gerador de custos que não trazem retornos. Como transformar essa percepção, que influencia negativamente na obtenção de recursos para a área?
Esse é um assunto complexo, mas podemos garantir que um investimento bem justificado, com clareza de objetivo e retornos mensuráveis é mais fácil de ser conquistado. Quais os caminhos para ter sucesso nessa jornada? Acompanhe esse artigo preparado por especialistas da Metadados, empresa referência em sistemas para a gestão de RH, e saiba mais.
A diferença entre custo e investimento
Pode ser em um momento específico ou em qualquer período do ano: quando chega a hora de planejar o orçamento da empresa, a área de Recursos Humanos precisa “lutar” por uma fatia dos valores, principalmente em tempos de aperto orçamentário. Essa situação se repete em muitas empresas com desfechos diferentes. Mas, aqui, vamos falar sobre as soluções possíveis para que isso não seja mais uma dor de cabeça para o RH.
Em primeiro lugar, vamos definir custo e investimento para diferenciar esses dois conceitos e favorecer a argumentação ao trazer a conversa para o campo do RH. Custo é o tipo de gasto necessário para produzir bens e serviços, como a compra de matéria prima e o pagamento de salários. Já investimento é o valor gasto com o objetivo de receber um retorno positivo no futuro, que pode ser a geração de mais receita ou a melhora na imagem da empresa. Essa resposta é obtida em curto, médio ou longo prazo.
Apesar dos exemplos, essas classificações não são definitivas. Isso significa que a análise de cada caso é muito importante para determinar o que é um custo e o que é um investimento. Em outras palavras, é essencial demonstrar o uso que será dado a um valor investido, o retorno que aquele recurso vai trazer e em qual prazo isso deve acontecer. Isso diferencia os dois tipos de despesa e pode ser a chave para o sucesso na hora da negociação. Vamos ver como isso funciona em Recursos Humanos?
O RH alinhado ao planejamento da empresa
Você já sabe que o trabalho do RH vai muito além de tarefas burocráticas e cumprimento de obrigações legais. O RH estratégico é aquele que atua de forma alinhada aos objetivos da empresa, um verdadeiro parceiro que caminha na mesma direção do negócio. Na hora de conquistar investimentos para a área isso precisa ficar em evidência.
Conhecer profundamente o planejamento estratégico da empresa e o cenário em que ela está inserida é o primeiro passo nessa jornada. A partir daí é possível definir qual a contribuição do RH para alcançar os objetivos do negócio. Por exemplo, se a meta é aumentar a fatia de mercado que a organização ocupa, fica claro que o RH precisa colaborar com um processo bem estruturado de recrutamento e seleção. Além de gerar contratações qualificadas, o RH também pode precisar expandir a própria capacidade operacional, tendo em vista o volume de trabalho no Departamento Pessoal. Mas, por outro lado, se o cenário é desfavorável e desligamentos se mostram inevitáveis? O desempenho do RH é fundamental para que o momento seja menos desgastante e mais eficiente possível, possibilitando que a empresa economize sem perder qualidade nas entregas.
Ou seja, o RH é decisivo, independentemente da circunstância. Mas como traduzir isso de modo prático? Antecipar perguntas é sempre um bom caminho para preparar respostas e facilitar a tomada de decisão:
- Que desafios a empresa enfrenta?
- Que soluções as referências do mercado ou os concorrentes diretos adotam?
- Quais os benefícios gerados pelo investimento?
- Qual a estimativa de retorno do investimento?
Ter clareza desses pontos contribui com a justificativa de um investimento. Mas existe um ponto que é indispensável em uma mesa de negociação: a mensuração de resultados. Ou seja, a chave para transformar um simples custo em um investimento pode estar em vincular uma despesa a uma vantagem calculável. Para isso, vamos recorrer um exemplo clássico quando pensamos em valores relacionados a Recursos Humanos.
O exemplo do turnover x contratação eficiente
O turnover, que também pode ser chamado de rotatividade, é o índice de colaboradores admitidos e desligados em um determinado período. É necessária a contratação de um novo profissional para o posto até então ocupado por um trabalhador desligado para que o turnover seja caracterizado. E é exatamente no aumento desse número que está o problema.
Com um alto índice de rotatividade, a organização passa a ter custos elevados com demissões e novos processos seletivos. Também devem ser consideradas as despesas trabalhistas do desligamento e os gastos com treinamento e capacitação dos colaboradores. Tudo isso é calculável. Além disso, problemas de relacionamento, falta de produtividade, absenteísmo e desmotivação também começam a se manifestar, gerando desgastes e perda de tempo.
E como esse problema pode ser corrigido? Investir em um processo de recrutamento e seleção eficiente é a saída mais adequada. Isso porque a procura por profissionais competentes, capacitados e dinâmicos tem aumentado muito. Sabemos que é possível aprimorar constantemente uma equipe. Porém, ainda assim, a melhor forma de alcançar o sucesso é captar, desde o começo, os profissionais mais adequados para cada posição na empresa. Para isso, é importante levar em consideração não somente as competências técnicas, mas o alinhamento com o perfil e os valores da organização.
Essa definitivamente não é uma tarefa para um RH sobrecarregado por atividades burocráticas, que não conta com a estrutura necessária para atuar de forma mais estratégica e que não consegue sequer medir o esforço demandado no trabalho. Sendo assim, a aquisição de soluções que otimizem o processo de recrutamento e seleção deixa de ser uma despesa vazia do RH, mas um investimento que reduz os custos com rotatividade.
Mensurar para alcançar
Não existe parceria sem comunicação. O RH demonstra sua efetiva colaboração para a empresa com mais facilidade quando fala a mesma língua dos tomadores de decisão. Isso normalmente significa traduzir ações em números. Pode parecer difícil frente à vocação essencial da área, que é lidar com pessoas e suas diferentes características. Mas, como mostramos no exemplo acima, é possível! Mais do que isso, ao comprovar os ganhos que o investimento no capital humano traz à organização, a área posiciona-se definitivamente como uma das mais estratégicas da empresa. É a hora do RH brilhar!