Gestão de Pessoas19 de fevereiro de 2025

Gestão por competência: o que é e como implantar na empresa

Modelo proporciona benefícios a partir do desenvolvimento individual

Gestão por competência: o que é e como implantar na empresa

O setor de Recursos Humanos (RH) passa por uma evolução constante e muito se deve às transformações tecnológicas. Nesse sentido, a gestão por competência pode ser uma grande aliada nas decisões estratégicas da empresa.

A cada dia surgem novas exigências e necessidades no mundo do trabalho, que desafiam as habilidades técnicas e comportamentais dentro das organizações. Diante disso, o aprimoramento constante das competências dos colaboradores se mostra fundamental para alcançar o crescimento e o sucesso nos negócios.

Nesse artigo escrito por nós, da Metadados – especialista em sistemas completos de RH – vamos mostrar como aplicar esse modelo de gestão e os benefícios que ele proporciona a partir do desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos colaboradores.

O que são competências?

Competência é um conjunto de três fatores, também identificados por meio da sigla CHA: conhecimento, habilidade e atitude. Eles são essenciais para que uma pessoa possa executar uma tarefa com eficiência. São exemplos de competência:

Liderança: capacidade de influenciar e guiar os outros em direção a objetivos comuns, promovendo a cooperação e motivando a equipe;

Comunicação eficaz: transmitir informações de forma clara e concisa, tanto verbalmente quanto por escrito, e de ouvir ativamente os outros;

Trabalho em equipe: colaborar com os membros da equipe, compartilhando conhecimentos, respeitando diferentes perspectivas e contribuindo para o alcance dos objetivos do grupo;

Pensamento crítico: analisar problemas de forma objetiva, identificar soluções criativas e tomar decisões fundamentadas;

Adaptabilidade: Capacidade de se ajustar e responder de forma eficaz às mudanças no ambiente de trabalho, como novas tecnologias, processos ou demandas do mercado;

Gestão do tempo: Habilidade de organizar e priorizar tarefas, gerir prazos e recursos de maneira eficiente, para garantir a conclusão bem-sucedida das atividades;

Pensamento estratégico: compreender a visão e os objetivos da organização e desenvolver planos e estratégias para alcançá-los;

Inovação: buscar constantemente novas ideias, abordagens e soluções criativas, promovendo a melhoria contínua e a competitividade da organização;

Inteligência emocional: Habilidade de reconhecer, compreender e gerir as emoções próprias e dos outros, desenvolvendo relacionamentos interpessoais saudáveis e construtivos.

Como as competências se dividem?

Existem três tipos principais de competências. São elas:

Técnicas: também conhecidas como hard skills, estão relacionadas ao domínio de conhecimentos necessários para o exercício de cada profissão. São habilidades adquiridas por meio de treinamento, educação formal ou experiência prática, por exemplo;

Comportamentais: são características pessoais, traços de personalidade e habilidades interpessoais, também chamadas de soft skills. Essas competências são relacionadas ao comportamento, atitudes e estilo de trabalho de um indivíduo, e são consideradas cada vez mais importantes para o sucesso profissional;

Funcionais ou organizacionais: elas podem ser básicas, como pré-requisitos para uma corporação se manter ativa no mercado, ou essenciais, com fatores de diferenciação que tornam uma empresa única no mercado.

Existem três tipos principais de competências. São elas:

Técnicas: também conhecidas como hard skills, estão relacionadas ao domínio de conhecimentos necessários para o exercício de cada profissão. São habilidades adquiridas por meio de treinamento, educação formal ou experiência prática, por exemplo;

Comportamentais: são características pessoais, traços de personalidade e habilidades interpessoais, também chamadas de soft skills. Essas competências são relacionadas ao comportamento, atitudes e estilo de trabalho de um indivíduo, e são consideradas cada vez mais importantes para o sucesso profissional;

Funcionais ou organizacionais: elas podem ser básicas, como pré-requisitos para uma corporação se manter ativa no mercado, ou essenciais, com fatores de diferenciação que tornam uma empresa única no mercado.

Gestão por competência: notas de 10 a 0 com carinhas felizes e tristes.

O que é gestão por competência

A gestão por competência é um modelo de acompanhamento da equipe que tem o objetivo de desenvolver ao máximo as habilidades técnicas e comportamentais dos profissionais. Isto é, compreender os pontos fortes e as oportunidades de desenvolvimento de cada colaborador. Assim, é possível traçar estratégias para melhorar o desempenho individual e, consequentemente, aumentar os resultados alcançados pela empresa.

Essa metodologia pode e deve estar presente no dia a dia da empresa desde o processo de recrutamento e seleção. Um exemplo de emprego dela é o preenchimento de uma posição na empresa, onde você precise buscar pessoas precisa buscar pessoas que tenham competências para tal função ou capacitar alguém dentro do próprio time. Para isso, é fundamental contar com a gestão por competências, pois é ela quem irá:

  • Mapear os conhecimentos, habilidades e atitudes do time;

  • Identificar os gaps de competência;

  • Definir quais competências precisam ser desenvolvidas.

São os requisitos que garantem a evolução e o crescimento dos profissionais dentro da organização.

Qual a diferença entre gestão por competência e gestão de competência?

Embora a semelhança na escrita seja semelhante, os objetivos dessas duas modalidades são distintos. Enquanto a gestão de competência é focada apenas nos resultados para cumprir determinadas tarefas, a gestão por competência é mais ampla e trabalha para identificar no que o profissional se destaca e qual sua contribuição nos resultados coletivos da empresa.

Podemos dizer que a gestão de competência é uma parte da gestão por competência se imaginarmos o seguinte exemplo: uma empresa de comércio internacional conta com um colaborador que tem excelentes habilidades de comunicação e vendas, porém não fala inglês fluente.

Nesse caso, a gestão por competência mapeou todas as características do profissional e identificou que o inglês é o ponto a ser melhorado. Já a gestão de competência será responsável por planejar a maneira como essa habilidade pode ser desenvolvida, como cursos, treinamentos e técnicas mais adequadas.

Quais são as vantagens da gestão por competência?

A gestão por competência trabalha para diminuir a diferença entre o que a empresa espera e o que o colaborador pode oferecer. A partir desse alinhamento, surge uma série de benefícios. Veja alguns deles:

Ambiente colaborativo: promover o desenvolvimento intelectual dos colaboradores encoraja a troca de conhecimentos entre os membros da equipe. Isso fomenta uma atitude solidária, em que todos se apoiam mutuamente. Essa sinergia fortalece os laços entre os colegas e cria um ambiente propício para o crescimento individual e coletivo;

Redução de turnover: colaborador capacitado é sinônimo de eficiência no trabalho. Com isso, a satisfação em fazer parte da empresa aumenta e o reconhecimento profissional acontece naturalmente. Fatores que aumentam significativamente a taxa de retenção desses profissionais;

Aumento da produtividade: Com as habilidades adequadas e o conhecimento necessário, os colaboradores conseguem otimizar o uso do tempo e dos recursos disponíveis. Esse aumento na eficiência e na agilidade nas atividades resulta em um incremento significativo da produtividade. Isso permite que a organização alcance melhores resultados em um período de tempo menor;

Recrutamento eficaz: A adoção de uma abordagem baseada em competências contribui para aprimorar o processo de recrutamento e seleção. Ela deixa clara as habilidades e conhecimentos necessários para ocupar o cargo em questão. Dessa forma, aumenta consideravelmente as chances de encontrar o profissional adequado.

Como aplicar a gestão por competência?

Para implantar o modelo de gestão por competência na organização é preciso seguir alguns passos. Veja:

1-Diagnóstico

A primeira etapa consiste no levantamento de dados. É importante realizar o mapeamento dos descritivos de cargos da empresa para alinhar quais as necessidades de treinamento que cada um deles exige. Isso além de levantar os treinamentos realizados por cada colaborador e entender quais são os gaps existentes. Ou seja, descobrir as competências que o colaborador possui e quais precisa desenvolver.

2-Avaliação

A segunda etapa consiste na avaliação. É importante ter um conhecimento profundo sobre os processos da empresa e seus colaboradores. É recomendado, nesse caso, aplicar algum método de avaliação de desempenho. O objetivo é descobrir as competências que o colaborador possui e quais precisa desenvolver.

3-Aplicação

Um dos principais aspectos dessa etapa é a remuneração por competência. O objetivo é fazer com que o próprio colaborador tenha interesse em desenvolver suas competências. Um exemplo pode ser dado com colegas do mesmo setor. Se um profissional se sobressai em relação a seus colegas devido a uma determinada habilidade, é justo que ele receba uma remuneração maior.

A remuneração por competências pode ser fixa ou variável, por salário indireto, ou até mesmo participação acionária. Tudo depende da estratégia utilizada.

4-Treinamento

Incentivar e viabilizar a capacitação é um dos principais pilares do modelo de gestão por competência. O diagnóstico realizado no primeiro passo permite promover treinamentos mais eficientes. Além disso, você conseguirá identificar os pontos fortes e aqueles que precisam de atenção em cada colaborador. Isso também ajuda na tomada de decisão sobre eventuais remanejamentos na equipe.

5-Recrutamento

Nos processos de seleção tradicionais é comum utilizar o currículo como critério principal para uma triagem. Já na gestão por competência é o alinhamento das habilidades técnicas e comportamentais do candidato com as expectativas da organização que é levado em conta.

Na condução das entrevistas, a ideia é dar preferência à questionamentos que produzam respostas ricas em informações úteis sobre essas competências.

Por exemplo: se procura o potencial do candidato assumir posição de liderança, pergunte: “qual foi a última vez que você precisou tomar uma decisão rápida?” ou “o que você faria para motivar uma equipe a trabalhar com mais agilidade?”.

6-Mensuração dos Resultados

Reunir os resultados e analisá-los é fundamental para o sucesso do método no longo prazo. É preciso manter uma comunicação efetiva com os demais setores da empresa para avaliar o desempenho e identificar os pontos de melhoria do mapeamento de competência para cada função.

Considerações

Como você deve ter percebido, a aplicação da gestão por competência é algo constante. Depois de fazer o primeiro levantamento, os próximos ficam menos trabalhosos. Porém, é recomendado que se realizem mapeamentos esporádicos.

Como vimos, esse modelo de gestão abrange também o processo de recrutamento e seleção, além de exigir o desenvolvimento contínuo e personalizado dos colaboradores que já estão na organização. Portanto, se utilizada corretamente, a gestão por competência pode mudar o panorama do negócio e favorecer o desenvolvimento dos colaboradores. Isso ao trabalhar numa perspectiva de crescimento mútuo.

O surgimento de novas tecnologias voltadas à área de RH possibilita avanços constantes. O gerenciamento de indicadores de desempenho e de outros fatores fundamentais para esse tipo de análise se tornaram mais assertivos. É o que proporciona uma gestão de pessoas cada vez mais estratégica e eficiente.

Para que você siga aprofundando seus conhecimentos, nós escrevemos um eBook que tem o objetivo de orientar o processo de avaliação de desempenho. Utilizando metodologias atuais e adaptadas aos valores da organização, é possível avaliar os colaboradores com equidade e foco no futuro. Leia também nosso artigo sobre Assiduidade.

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Conheça quem escreveu o artigo

  • Róger Ruffato
    Róger Ruffato

    Jornalista com 15 anos de experiência em produção de reportagens para TV, rádio e jornal. Também já desempenhou os papéis de assessor de imprensa e gestor de mídias sociais. Atualmente tem seus estudos voltados à área do Marketing e atua como produtor de conteúdo na Metadados, onde escreve sobre as novidades do universo de Recursos Humanos.

  • Daniel Rampazzo
    Daniel Rampazzo

    Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie, possui mais de 14 anos de experiência em todos os Subsistemas de Recursos Humanos, já tendo atuado em diversos segmentos. Atualmente atua como Consultor de Implantação de Sistemas de Gestão de Pessoas, Saúde e Segurança na Metadados.

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