Upskilling e Reskilling: diferenças e como o RH pode aplicar
Saiba mais sobre o desenvolvimento de novas habilidades no ambiente de trabalho
Foi-se o tempo em que falar inglês e saber usar o Excel era o suficiente. Hoje, o mundo (e o mercado de trabalho) está mudando muito rápido - e testando a capacidade de adaptação dos profissionais.
De um lado, temos os trabalhadores, preocupados com o desafio de se manter empregáveis nesse cenário em constante transformação.
Agora, conquistar certificações, dominar idiomas e tecnologias, desenvolver competências e manter-se atualizado não é mais opcional.
Na verdade, para algumas áreas, vários desses pré-requisitos deixaram de ser um diferencial para se tornarem o básico.
Do outro lado, temos as empresas, sempre em busca de funcionários qualificados para preencher descrições de cargos cada vez mais exigentes.
Segundo um estudo da PwC Global, a escassez de habilidades importantes dentro das empresas preocupa 4 em cada 5 CEOs.
Por isso, muitas empresas já entenderam que não basta encontrar pessoas preparadas: será preciso preparar os colaboradores, investindo em capacitações.
Nesse contexto de novidades e tendências que mudam a cada trimestre, é fundamental traçar estratégias de desenvolvimento profissional.
Para os trabalhadores, ter esse plano de carreira significa conquistar (e não perder) espaço em um mercado de trabalho extremamente competitivo.
Para as empresas, desenvolver colaboradores é sinônimo de manter o negócio relevante e continuar crescendo.
E, para isso, é fundamental que líderes e profissionais de RH conheçam e apliquem os conceitos de upskilling e reskilling no ambiente de trabalho.
Nesse artigo, criado pela Metadados - Especialista em Sistemas para RH, você vai descobrir como aplicá-los na sua empresa!
Upskilling e Reskilling: diferenças
Antes de falarmos sobre sobre upskilling e reskilling, vale a pena entender a origem dessas palavras. Em inglês, skill significa "habilidade".
E, no contexto corporativo, existem dois tipos de skills: as habilidades duras (hard skills) e as habilidades suaves (soft skills).
As duras são as competências técnicas, que permitem desempenhar um trabalho especializado - como utilizar um software, por exemplo. Já as suaves são as competências comportamentais - como colaboração, comunicação e inteligência emocional, entre outras.
Hoje em dia, o desenvolvimento dessas habilidades profissionais é muito estudado pela psicologia organizacional, área que analisa o comportamento humano no ambiente de trabalho.
E, de acordo com esse campo do conhecimento, existem dois caminhos para que essa evolução de aprendizagem aconteça.
O primeiro caminho é o do aprimoramento das competências existentes (upskilling). Para isso, o colaborador passa por capacitações que visam complementar os seus conhecimentos prévios.
Assim, o resultado desse processo é um trabalhador mais especializado em determinados assuntos, com mais domínio e autoridade em alguns temas.
O segundo caminho é o da aquisição de novas competências (reskilling). Nesse caso, o colaborador aprende algo totalmente novo, preparando-se para assumir desafios diferentes do que está acostumado.
Portanto, o resultado desse processo é um trabalhador mais versátil.
Aqui, o foco é adquirir conhecimentos inéditos para satisfazer as novas necessidades da empresa ou da carreira.
Em resumo, enquanto o upskilling auxilia no crescimento dentro da mesma área, o reskilling permite a transição para realizar novas atividades.
Por isso, ambos estão conectados ao conceito de lifelong learning, que reforça a importância da aprendizagem contínua ao longo da vida toda.
Quando aplicar upskilling?
Upskilling é o aprimoramento de habilidades dentro da mesma área de atuação.
Como o próprio nome indica, tem a ver com dar um "up" na carreira vigente.
Assim, esse aprendizado constante busca aprofundar o contato com tópicos e sistemas já conhecidos. Por isso, otimiza o desempenho do colaborador, que passa a executar as tarefas usuais com mais rapidez e qualidade.
Também chamada de reciclagem profissional, essa atualização não muda a direção da carreira. Pelo contrário: a proposta é torná-la mais sólida.
Então, é indicada para quem deseja subir de nível no trabalho (para pleno ou sênior, por exemplo).
Quando aplicar reskilling?
Reskilling é a aquisição de habilidades em uma área diferente da que o colaborador costumava atuar. Dessa forma, ele se torna apto a lidar com novos desafios.
- Esse tipo de treinamento serve para quando:O profissional quer se reposicionar no mercado de trabalho, mantendo-se empregável;
- Os líderes precisam que funcionários atuais assumam novas demandas;
- Os colaboradores são reajustados para novos cargos na mesma empresa;
- A empresa precisa acompanhar a revolução digital (dominando tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial ou Internet das Coisas);
- A organização deseja ampliar a cultura da inovação.
Benefícios do progresso de habilidades
Confira as vantagens de investir tempo e recursos em formações para complementar ou inovar as habilidades:
- Mais produtividade:
Colaboradores mais habilidosos trabalham mais rápido e com mais eficácia.
- Diferencial competitivo:
Uma equipe atualizada e competente consegue vencer a concorrência com muito mais facilidade.
- Desenvolvimento de uma visão mais analítica:
O profissional que estava acostumado a atuar de maneira operacional começa a exercitar uma mentalidade estrategista.
- Motivação e fidelização de colaboradores:
Quando a empresa investe na carreira do colaborador, ele se sente valorizado. Assim, o engajamento e a retenção de talentos aumentam.
- Força de trabalho mais flexível:
Diante de grandes mudanças, trabalhadores mais preparados se sentem mais seguros, conseguindo se adaptar com muito mais facilidade.
- Tranquilidade com novos colaboradores no ambiente de trabalho:
Contratar profissionais qualificados gera processos de seleção e adaptação muito mais ágeis e fluidos.
- Cultura rica e interessante:
Empresas que estão em constante evolução passam a impressão de serem mais dinâmicas, ganhando uma ótima reputação.
O papel do RH nesse contexto
Apesar dos benefícios, incentivar o desenvolvimento de habilidades entre os colaboradores não é uma tarefa simples.
Então, é normal que os líderes e profissionais de RH tenham diversas dúvidas. Algumas delas são:
- Como apoiar as necessidades de qualificação para equipes diferentes?
- Como oferecer acesso à capacitação para todos os colaboradores, e não apenas alguns?
- Como absorver as pessoas atuando em cargos que serão reestruturados?
- Como promover uma cultura de aprendizado contínuo entre líderes e liderados?
Para conseguir solucionar essas questões, o próprio profissional de RH precisa estar sempre se atualizando. Assim, ele mesmo acaba se tornando uma referência em upskilling.
Além disso, ele irá mapear e incluir novas funções nos descritivos de cargos e auxiliar na criação de novos cargos.
Por fim, junto às lideranças, atua como responsável pelo treinamento e desenvolvimento nas outras áreas. E, nesse contexto de melhoria contínua, é muito importante incentivar os momentos de feedback e avaliações de desempenho.
Assim, com trocas frequentes e formação continuada, é mais provável que os colaboradores desejem permanecer na empresa, alavancando o futuro do mercado de trabalho como um todo.
Como implementar um plano de upskilling ou reskilling
Em primeiro lugar, lembre-se que, para iniciar essas práticas nos espaços de trabalho, é preciso trabalhar em conjunto com todos os líderes de cada equipe. Afinal, eles irão ajudar a identificar as lacunas de habilidades nos times, além de implementar as formações na prática.
Então, com o apoio deles, teremos o seguinte passo a passo:
1. Planejamento
Inicialmente, o RH estuda as necessidades do negócio para saber se será necessário ajustar funções atuais ou abrir novos cargos empresa.
Em seguida, com essa análise em mente, deve avaliar as habilidades dos colaboradores, para identificar quem precisa fazer formações.
Os líderes de cada equipe podem ajudar nessa avaliação.
2. Desenvolvimento
Após o mapeamento das necessidades e habilidades, é hora de criar o programa de treinamento e desenvolvimento.
Aqui, é possível incluir diversos tipos de formação: palestras, workshops, cursos e trilhas de aprendizagem, entre outras.
Vale lembrar que o conteúdo deve ser personalizado para cada time ou colaborador. Afinal, para o processo de educação corporativa funcionar, é essencial propor ações específicas para a função atual (ou almejada) das pessoas.
No entanto, se for uma habilidade muito ampla, é possível fazer o aproveitamento de um mesmo conteúdo criando turmas interdepartamentais. Essa estratégia permite otimizar o tempo e o orçamento, além de estimular a comunicação entre equipes sobre a mesma novidade em uma tarefa ou processo.
Por fim, sempre que possível, é recomendável atrelar essas formações aos planos de carreira e realizá-las durante o turno de trabalho.
3. Avaliação
Cada vez que forem realizadas atividades de formação, é muito importante incluir uma avaliação para conferir a opinião dos colaboradores. Isso permite melhorar as formações, aumentando a eficácia e o engajamento das pessoas.
Além disso, existem muitos métodos de avaliação para medir a evolução do aprendizado em si.
Um dos mais utilizados é o de Donald Kirkpatrick, que avalia a capacitação em diferentes momentos, analisando reação, aprendizagem, comportamento e resultados.
Conclusão
Como podemos ver, o profissional de RH tem um papel essencial na formação dos colaboradores, ajudando a criar um mercado de trabalho mais saudável. E, para cumprir essa missão de forma fácil e rápida, você precisa aprender a usar a tecnologia como aliada!
Que tal conhecer um sistema que acompanha o desenvolvimento de cada um dos colaboradores - seja qual for o tamanho da sua empresa?
É o caso do Vibe, a nossa plataforma digital de gestão de pessoas!
Com ela, você registra feedbacks e conversas de 1:1 por escrito, permitindo que eles sejam retomados a qualquer momento para decidir sobre formação, promoção ou demissão.
Além disso, o Vibe organiza todas as etapas de Análise de Competências, Avaliação de Desempenho, Plano de Desenvolvimento Individual... e muito mais! Clica no banner abaixo para saber mais: