O que é etarismo e por que o RH pode combatê-lo?
Entenda como o RH desempenha um papel fundamental no combate ao etarismo, promovendo igualdade e diversidade no ambiente de trabalho
Quando falamos em construir ambientes de trabalho inclusivos, é fundamental que o etarismo, uma forma de preconceito que se baseia na idade das pessoas, esteja presente na conversa. Muitos profissionais, ao ouvirem sobre o tema, desviam do assunto ou não tentam, ao menos, perceber a importância dele, uma vez que ter na equipe pessoas mais velhas pode ser algo altamente valioso.
Veja bem: contratar profissionais com mais de 40 anos não só incentiva a diversidade dentro da empresa, mas também oferece ao time uma troca de ideias e experiências enriquecedoras, por conta da ampla bagagem profissional que eles têm a oferecer.
Então, se você é o responsável pela seleção, recrutamento e retenção de talentos, confira este artigo que o time da Metadados – empresa que desenvolve um sistema de RH completo – preparou. Ele não apenas mudará sua opinião sobre a importância de contratar pessoas mais velhas, mas também mostrará como ela será benéfica no ambiente de trabalho.
Nesta leitura, vamos abordar o que é etarismo, porque o gênero feminino é o mais afetado e quais são as estratégias que a gestão de recursos humanos pode adotar para combater este tipo de preconceito.
Ah, mas antes disso, te convidamos a assistir a um bate-papo. Produzido pelo Comitê da Diversidade da Metadados, ele traz diversas reflexões sobre o tema. Confira!
O que é etarismo?
O etarismo é um preconceito relacionado à idade, seja contra pessoas mais jovens ou mais velhas. No entanto, as mais velhas hoje são as principais vítimas deste tipo de discriminação, que pode manifestar-se de várias formas na sociedade. No ambiente de trabalho, não é diferente.
O preconceito etário é visto desde as decisões de contratação e promoção até as interações cotidianas no local de trabalho. Infelizmente, este tipo de preconceito é uma realidade atual em muitos ambientes profissionais, afetando negativamente a equidade e diversidade. Tanto é assim que a Organização das Nações Unidas (ONU) coloca o tema como um desafio global.
Segundo o relatório da ONU, estima-se que mais de seis milhões de casos de depressão em todo o mundo sejam atribuíveis ao envelhecimento, principalmente para as mulheres. Para elas, a discriminação por envelhecimento é mais frequente.
Etarismo feminino
As mulheres enfrentam uma pressão relacionada à idade muito maior do que os homens em vários aspectos de suas vidas. Quantas mulheres com mais de 30 anos já não ouviram a famosa pergunta: "E você, quando vai se casar?" Ou, se já se casaram, "quando terão filhos?". Sem contar a pressão em relação aos padrões de beleza.
Ainda vivemos em uma sociedade que associa a juventude à beleza e ao valor pessoal, enquanto desvaloriza as mulheres mais velhas. Este tipo de preconceito afeta negativamente a autoestima e o bem-estar emocional delas. Portanto, é importante reconhecer e desafiar essas expectativas sociais injustas, promovendo uma cultura que valorize e respeite as mulheres em todas as fases de suas vidas.
No contexto profissional, elas também enfrentam estereótipos e preconceitos devido à idade, como a suposição de que são menos capazes de aprender novas habilidades ou assumir papéis de liderança à medida que envelhecem. Além disso, enfrentam preconceitos em relação à remuneração.
A igualdade salarial entre homens e mulheres ainda é um desafio. Para ajudar a combatê-lo, em julho do ano passado, foi sancionada a Lei nº 14.611, conhecida como Lei da Igualdade Salarial. Ela estabelece mecanismos para assegurar que a remuneração não seja baseada no gênero, mas sim no trabalho desenvolvido pelos colaboradores ou colaboradoras.
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Etarismo no mercado de trabalho
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em 2040, o número de mulheres com mais de 60 anos no Brasil passe de 30,5 milhões, enquanto o de homens deve chegar a 23,9 milhões. Desse modo, é cada vez mais importante falarmos sobre envelhecimento saudável, inclusive no local de trabalho.
As pessoas pertencentes à geração baby boomers, nascidas entre os anos 1945 e 1964, e à geração X, nascidas entre 1965 e 1984, acumulam uma vasta experiência profissional, tornando-as mais resilientes. Elas têm uma habilidade natural para lidar com problemas complexos de forma tranquila, não se desanimando facilmente.
Portanto, podem atuar como mentores para as gerações mais jovens, ao mesmo tempo em que também podem aprender com elas, especialmente em questões de tecnologia e últimas inovações. Essa troca de conhecimento entre gerações, conhecida como diversidade geracional, beneficia significativamente a organização como um todo.
Vantagens da diversidade de gerações no trabalho
Empresas que dão prioridade à diversidade geracional possuem equipes compostas por indivíduos com perspectivas, experiências e habilidades diversas. Essa abordagem permite a resolução de problemas de forma mais criativa e inovadora.
Além disso, essas empresas estão mais aptas a atender às demandas de um mercado diversificado, uma vez que representam uma variedade de pontos de vista e preferências de consumidores de diferentes faixas etárias.
Investir na contratação de profissionais mais experientes também traz benefícios para a cultura organizacional. Isso porque promove um ambiente de trabalho mais inclusivo e colaborativo, ao mesmo tempo que valoriza e respeita as diferenças entre as gerações. Dessa forma, a equipe se sente mais motivada para contribuir com o sucesso geral da organização.
O que podemos fazer para combater o etarismo?
- O papel do RH é fundamental para o fim da discriminação por idade no local de trabalho. Por esse motivo, listamos abaixo estratégias para ajudá-lo a enfrentar esse desafio.
- Treinamento e conscientização:
O RH pode promover sessões de treinamento e workshops para sensibilizar os colaboradores sobre os impactos do etarismo e fornecer estratégias para enfrentá-lo. - Revisão de políticas de recrutamento e promoção:
É importante que as políticas para a contratação de pessoas sejam avaliadas quanto a possíveis preconceitos relacionados à idade. O RH pode implementar práticas que garantam uma avaliação justa e equitativa de todos os candidatos, sem levar em consideração a faixa etária. - Mentoria intergeracional:
Incentivar programas de mentoria que facilitem a troca de conhecimento e experiência entre diferentes gerações. Essa prática não apenas promove um ambiente de trabalho colaborativo, mas também contribui para combater o preconceito relacionado à idade. - Filmes sobre etarismo:
- Outra forma de educar e conscientizar os colaboradores é por meio de sugestões de filmes e leituras relacionados ao tema. Para ajudá-lo nessa iniciativa, compartilhamos uma sugestão: "O Senhor Estagiário" (2015). Este filme, estrelado por Anne Hathaway e Robert De Niro, aborda a reinserção de Ben Whittaker, um viúvo de 70 anos, no mercado de trabalho. Uma história emocionante!
- Políticas de Trabalho Flexíveis:
A oferta de políticas flexíveis de trabalho, como horários flexíveis e trabalho remoto, pode atender às diversas necessidades dos colaboradores, independentemente da idade. Essa prática demonstra um compromisso com a inclusão e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Conclusão
O etarismo é um desafio crucial no mundo do trabalho atual, impactando diretamente a equidade, diversidade e sucesso das organizações. Mas não precisa ser assim! Com o envolvimento proativo do RH, podemos virar esse jogo e criar ambientes de trabalho mais justos, inclusivos e produtivos.
Imagine uma cultura que valoriza e celebra a diversidade geracional, onde cada voz é ouvida e respeitada. O RH desempenha um papel central nessa transformação, abrindo caminho para equipes mais motivadas, engajadas e colaborativas.
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